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Confira os filmes do Panorama Mundial do 13º In-Edit Brasil

 

A relação dos filmes internacionais do 13º In-Edit Brasil já está na mão. Leia abaixo:

7 Years of Lukas Graham

René Sascha Johannsen, Dinamarca, 2021, 77 min.

Com o hit “7 Years”, a banda dinamarquesa Lukas Graham alcança o sucesso mundial e seu vocalista e letrista, Lukas Forchhammer, conquista tudo o que queria: um contrato com uma grande gravadora, a parceria de grandes compositores, como Morten Ristorp e Don Stefano, ouvir sua música tocando nos cinco continentes e, por fim, se apresentar nos palcos mais celebrados do planeta. Em meio a tudo isso, Lukas se torna pai pela primeira vez. Para quem olha de fora, tudo parece um sonho. Mas, vista de dentro, a coisa muda de figura.

 

All I Can Say

Danny Clinch, Taryn Gould, Colleen Hennessy, Shannon Hoon, Estados Unidos, 2019, 102 min.

Antes dos celulares com câmeras integradas e do exibicionismo online massivo, existiam os “videoamadores”. Shannon Hoon, vocalista da banda Blind Melon foi um deles e gravou seu dia a dia entre 1990 e 1995. Este filme mergulha nessas fitas e, em ordem cronológica, reúne uma impressionante crônica em primeira pessoa da vida daquele garoto de Indiana que chegaria ao estrelato. Restos de sua família e vida sentimental, a mudança para Los Angeles, o sucesso repentino, as turnês exaustivas, sua paternidade, as drogas pesadas … O confessionário de um jovem inquieto e impulsivo em um mundo em transição.

 

American Rapstar

Justin Staple, Estados Unidos, 2020, 73 min.

O mundo do rap não é mais o que era. Enquanto a velha guarda de músicos procura se reinventar para continuar suas carreiras, os recém-chegados aproveitam tranquilamente o que já foi conquistado por outros. Adolescentes – emancipados ou acompanhados muito de longe por seus pais – assinam contratos milionários, desfilam roupas caras e levam na mochila um bom punhado de drogas. Eles formam a geração “cara tatuada”, e mandam e desmandam no mercado, deixando seus antecessores simplesmente perplexos.

 

Contradict

Peter Guyer e Thomas Burkhalter, Suíça, 2020, 89 min.

Em Accra, capital de Gana, um grupo de jovens músicos se reúne para compor e produzir. Misturando o Hip-Hop, a música eletrônica, o dub e o pop, nomes como M3NSA, Wanlov The Kubolor, Adomaa, Worlasi, Akan, Mutombo Da Poet e Poetra Asantewa usam a criatividade e a energia de quem tem o futuro pela frente para burilar suas produções musicais e propor soluções para o mundo. Se posicionando politicamente e questionando os valores do século 21, eles têm os pés e os olhos cravados na África, mas falam uma linguagem universal.

 

Crock of Gold: A Few Rounds with Shane MacGowan

Julien Temple, Reino Unido, 2020, 124 min.

Johnny Depp (aqui como produtor) e Julien Temple (diretor) se unem para tomar umas e fazer uma homenagem ao líder e vocalista da banda irlandesa The Pogues, Shane MacGowan. Entre litros de bebidas, imagens de arquivo e algumas entrevistas, eles repassam a vida do músico e uma carreira que sempre oscilou entre o êxito e o fracasso.

Misturando a música tradicional da Irlanda com boas doses de punk rock, sua trajetória foi marcada pelo sucesso e pela dependência ao álcool. Hoje, enfiado em uma cadeira de rodas e abraçado a uma garrafa de gin, Shane conta o que lembra.

 

Don’t go gentle – a film about the IDLES

Mark Archer, Reino Unido, 2020, 75 min.

A banda inglesa IDLES é um fenômeno recente e alcançou o sucesso com seu primeiro disco, em 2017, depois de anos e anos “soando terrivelmente mal” nos porões de suas casas, como admitem os membros da formação. Hoje, vivem na estrada, de palco em palco, de hotel em hotel, de viagem em viagem. Entre tantas novidades e correrias, é fácil que as coisas saiam do lugar. Don’t Go Gentle é um filme sobre como encontrar força na vulnerabilidade.

 

Faith & Branko

Catherine Harte, Sérvia e Reino Unido, 2020, 82 min.

Faith é inglesa, toca acordeão e estuda a cultura cigana. Em sua passagem pela Sérvia, ela se apaixona por Branko, um violinista muito talentoso que nunca saiu de sua região e que vive com sua família. Mas é depois do casamento que a vida realmente começa. Desse choque cultural nascem músicas incríveis, situações inusitadas e dilemas existenciais.

 

Fanny: The Right to Rock

Bobbi Jo Hart, Canadá, 2021, 96 min.

A banda Fanny quase estourou, mas teve gente que achou melhor que isso não acontecesse. Formada pelas irmãs filipinas Jean e June Millington, que se mudaram para a Califórnia com os pais, a formação compunha, tocava e produzia suas próprias canções, lançadas por uma gravadora independente no início dos anos 1970. Seu rock sofisticado e suave chamou a atenção de David Bowie, que quis apadrinhá-las. Mas o showbiz está cheio de maus entendidos e preconceitos.

 

It’s yours: a story of Hip Hop and the Internet

Marguerite de Bourgoing, Estados Unidos, 2020, 74 min.

No início deste século, as vendas de hip hop atingiram picos históricos, mas a grande indústria da música ainda detinha a chave para o negócio. Este filme ágil e ilustrativo com tom jornalístico conta como uma nova geração soube aproveitar o surgimento da internet e das redes sociais para desenvolver suas carreiras através de “likes” e mixtapes.

A partir de casos como os de Wiz Khalifa, Lil B, Odd Future, The Internet, Syd, Action Bronson ou Curren$y, o documentário aborda não só a música mas também economia, tecnologia, novos métodos de trabalho e ativismo social. Em contraponto B-Real (Cypress Hill) e Chuck D (Public Enemy) representam a geração anterior. “It’s yours” é um primeiro passo para entender uma mudança ainda em andamento.

 

Metal: A Headbanger’s Journey

Sam Dunn, Scot McFadyen e Jessica Joy Wise, Canadá, 2005, 96 min.

O antropólogo canadense Sam Dunn decidiu fazer sua pesquisa em torno do heavy metal. Afinal, por que milhões de pessoas ouvem um determinado estilo de música, se vestem de uma forma determinada e tem seus próprios códigos de comportamento?

Deste longa de investigação nasce um dos filmes mais celebrados do universo metaleiro. Sua história e sua evolução musical se confundem com a história do rock e da juventude das últimas cinco décadas. Tom Araya, Alice Cooper, Bruce Dickinson, Ronnie James Dio entre tantos outros falam sobre a música e o estilo de vida que influenciou gerações e gerações.

 

Moby Doc

Rob Gordon Bralver, Estados Unidos, 2021, 92 min.

Moby é um cara conhecido no mundo inteiro e já passou por diversas fases. Da infância solitária nos subúrbios de Nova York aos maiores palcos do mundo, ele rodou um bocado. E não necessariamente para frente. Seus devaneios, vícios e a vida de popstar, assim como seus acertos e convicções são aqui retratados por ele e à sua maneira: Moby sendo Moby.

 

Pakko Huutaa

Kati Grönholm, Finlândia, 2019, 56 min.

Para quem não sabe, o heavy metal é tido como patrimônio imaterial da Finlândia, já que o gênero se popularizou por seu caráter forte e facilmente identificável com traços da cultura local. Quando os não iniciados começam a estudar as letras e aprender sobre o mundo do metal, algo inusitado e interessante se revela: os burburinhos mais altos às vezes são os mais suaves.

 

Phil Lynott: Songs For While I’m Away

Emer Reynolds, Irlanda, 2020, 112 min.

Phil Lynott sempre foi um cara diferenciado. Filho de pai guianês e mãe irlandesa, nasceu na Inglaterra mas cresceu na Irlanda, com sua família materna, depois de ter sido abandonado pelo pai quando tinha apenas 3 semanas de vida.

Negro rodeado de brancos por todos os lados, Phil viveu na juventude a febre dos anos 1960 e se entregou ao rock and roll. À frente do grupo Thin Lizzy, emplacou grandes sucessos, como “The boys are back in town”, “Dancing in the moonlight”, “Whiskey in jar”, entre tantos outros.

Songs For While I’m Away conta sua história, entrevista os amigos, familiares e parceiros, recupera material nunca visto e celebra o talento e o legado de Phil.

 

Poly Styrene: I Am a Cliché

Celeste Bell e Paul Sng, Reino Unido, 2021, 89 min.

“Algumas pessoas acham que as garotinhas existem para serem vistas, e não escutadas. Eu digo: Nada de amarras!” É com esse grito que Poly Styrene abre o emblemático disco da banda X-Ray Spex e que se converteu num símbolo de sua geração.

Neste filme, sua filha nos apresenta uma caixa com as memórias de Poly e nos revela aspectos poucos conhecidos de sua vida. Um filme delicado em sua abordagem e que contrasta com a atitude punk e contestadora de sua protagonista, falecida em 2011.

 

Rockfield: a fazenda do rock

Hannah Berryman, Reino Unido, 2020, 91 min.

O filme conta a história de uma simpática família de fazendeiros no interior do País de Gales que conseguiu montar – enquanto ordenhava vacas e ovelhas – um estúdio de gravação capaz de competir com o lendário Abbey Road, de Londres.

Com um grande senso de humor, os Ward e os músicos que por ali passaram contam esta divertida história. Lá aconteceu de tudo: Ozzy Osbourne correndo desenfreado com uma espingarda na mão, Freddy Mercury dando os toques finais em “Bohemian Rhapsody”, Lemmy Kilmister fazendo das suas, Oasis encontrando seu “Wonderwall”, The Stone Roses ficando para morar e tantas outras lendas.

 

Sisters with Transistors

Lisa Rovner, Reino Unido, 2020, 82 min.

A música eletroacústica sempre teve forte presença feminina. Desde o início, nas primeiras décadas do século 20, as artistas femininas se destacaram e trilharam novos caminhos criativos e sonoros.

Este filme reúne mulheres pioneiras que deram outra dimensão para a música em diferentes momentos da história, tais como Bebe Barron, Pauline Oliveros, Maryanne Amacher, Eliane Radigue, Delia Derbyshire, Daphne Oram, Laurie Spiegel, Suzanne Ciani.

 

Suzi Q

Liam Firmager, Australia, 2019, 99 min.

A imagem você já conhece: foto em branco e preto de uma jovem garota, vestindo um macacão de couro, empunhado um baixo elétrico e gritando ao microfone. Pois é, esta garota é Suzi Quatro. Pioneira como líder da banda num gênero infestado de machões, o rock pesado, ela se transformou em um ícone.

Com seu rock simples e cheio de atitude, ela apontou o caminho para Joan Jett, Kathleen Hanna entre tantas outras que a reverenciam até hoje.

 

The Go-go’s

Alison Ellwood, Estados Unidos, 2020, 97 min.

Para quem se lembra que a banda The Go-go’s se apresentou no Rock In Rio de 1985 e nada mais, temos uma ótima notícia: o grupo é muito interessante e sua história está cheia de detalhes pitorescos.

Elas começaram no exato momento em que o punk se misturava com a new wave e destilaram o melhor dos dois mundos: canções simples e pegajosas, cores vivas e atitude irreverente. Em pouco tempo, estavam dividindo palco com grandes nomes da cena californiana. Mas dos bares de Sunset Strip até o palco da Cidade do Rock, onde estavam quase separadas, apenas cumprindo contrato, muita coisa aconteceu. Muita mesmo!

 

The Rise of the Synths

Iván Castell, 2019, Espanha, 90 min.

Esta é a história do synthwave, uma corrente eletrônica underground inspirada em certas trilhas sonoras do cinema americano (como Halloween, Terminator, Rocky) e o imaginário dos anos 80. Um gênero que graças ao filme Drive e à série Stranger Things tem alcançado um  grande público. Nesta cena, jovens músicos sentem saudades de tempos que não viveram, mas se aventuram em uma reapropriação única e criativa, sem líderes ou protagonistas.

O filme acompanha um grupo de compositores de diversos países que no século 21, e com a ajuda do MySpace e de outras redes sociais, criaram todo um cenário de música alternativa.

 

The Rumba Kings

Alan Brain, Peru, 2021, 94 min.

A rumba é parte da identidade cultural do Congo. Sua criação e evolução se misturam com a história de seu povo, que celebrou sua independência em 1960 ao som dos melhores músicos do país.

Além de dançante, a rumba congolesa (ou soukous) é muito sofisticada em sua execução. A existência de uma terceira guitarra, unindo a base harmônica com a solista, é digna de nota.

The Rumba Kings envolve o espectador com um arquivo precioso de fotos, vídeos, gravações e entrevistas.

Aviso: Impossível ficar parado.

 

TOPOWA! Never Give Up

Inigo Gilmore e Philip Sansom, Reino Unido, 2020, 83 min.

Doze jovens professores fazem parte do projeto Brass For Africa em Katwe, no subúrbio de Kampala, capital de Uganda. Um projeto que, além de educar as crianças da comunidade, também tem sua própria banda. E que banda!

Através do contato com ONGs, eles são convidados para tocar na Inglaterra. Este filme acompanha esta viagem e o olhar de quem sai de um entorno rural pela primeira vez e vai direto para uma das grandes capitais do mundo, onde realizam o sonho de tocar com ninguém menos que Wynton Marsalis.

 

Yo Volveré a Triunfar

Gabriel Gallardo e Heidy Iareski, Chile, 2019, 80 min.

O chileno Jorge Farías morreu em 2007 de complicações hepáticas. Cantou e bebeu durante toda sua vida, não importando se fosse no mais luxuoso teatro ou no bar de pior reputação da cidade. El Negro Farías, como era conhecido, gostava mesmo era da boemia.

Depois de sua morte, os amigos e fãs se reúnem para instalar uma estátua em sua memória na praça Echaurren (Valparaíso), em frente ao restaurante onde ele cantava nas horas vagas. Poderia ser uma história banal, mas a epopeia da estátua é cheia de situações cômicas e inusitadas. Dignas da lenda de seu homenageado.